Sucesso na Reciclagem Plástica: a Necessidade de Normas

Craig Cookson, Diretor Senior em Sustentabilidade de Plásticos do Conselho Americano de Química, apresentou no site American Chemistry Council a necessidade de normas no território norte-americano para que a reciclagem de plásticos tenha sucesso. De um ponto de vista internacional, também podemos ver que o cenário desta necessidade de normatizações no Brasil se faz necessário e contribuiria em grande escala para a economia circular nacional de plásticos. Confira a publicação de Cookson a seguir.

“Uma pesquisa recente constatou que 82% dos adultos americanos apoiam os padrões nacionais de reciclagem de plásticos. Como fabricantes de plásticos, nós também apoiamos. É a nossa terceira ação nas 5 Ações da America’s Plastic Maker para Acelerar uma Economia Circular para Plásticos. (Veja meus blogs recentes sobre as Ações nº 1 e nº 2.) Acreditamos que as normas nacionais de reciclagem de plásticos são necessárias para apoiar uma economia circular e ajudar a alcançar a meta da Agência de Proteção Ambiental (EPA) de aumentar a taxa nacional de reciclagem para 50% até 2030.

Atualmente, a taxa de reciclagem dos EUA paira em torno de 35%, com as embalagens plásticas ficando para trás.

Entre as maiores razões, a complexidade das embalagens plásticas e um sistema de reciclagem fraturado.

A maior parte da infraestrutura de reciclagem dos EUA foi construída décadas atrás, principalmente para coletar garrafas, latas e jornais (lembra-se dos jornais?). Desde então, muitos novos tipos de embalagens foram introduzidos, incluindo embalagens plásticas leves, tais como envoltórios, sacos para lanches e bolsas reutilizáveis. Isto ajudou a diminuir o peso e a quantidade de embalagens necessárias para entregar alimentos e bebidas, o que resultou em vários benefícios ambientais importantes, tais como a redução do desperdício de alimentos, bem como menor uso de energia, menor emissão de gases de efeito estufa e recursos conservados em comparação com muitas alternativas. Mas isso complicou a reciclagem.

Hoje, apesar da abundância de artigos noticiosos declarando confiantemente quais plásticos podem ser reciclados em todo o país, a verdade é que: depende. Toda a reciclagem é local. Há cerca de 9.000 programas comunitários de reciclagem coletando 9.000 listas variadas de materiais. E isso cria confusão para os consumidores e mercados ineficientes para plásticos reciclados.

Para aliviar esta confusão, propusemos a criação de normas nacionais de reciclagem. Eis como deve funcionar (e o que propusemos ao Congresso). Os legisladores de nossa nação deveriam capacitar a EPA e o Departamento de Energia (DOE) a reunir a cadeia de valor do plástico e os municípios para desenvolver um conjunto de padrões nacionais de reciclagem do plástico. Como parte desse esforço, deveria ser estabelecido um Comitê Consultivo Nacional de Reciclagem de Plásticos, composto por representantes de toda a cadeia de valor, desde fabricantes de plásticos, convertedores e marcas até recicladores e líderes comunitários de reciclagem.

Estas pessoas falariam umas com as outras sobre os obstáculos para alcançar e trabalhar para desenvolver padrões nacionais de reciclagem de plásticos focalizados em quatro pontos principais:

  • Melhorar a coleta e o acesso
  • Melhorar o alcance e a educação
  • Melhorar os dados e relatórios
  • Reduzir a contaminação por reciclagem

Com base no aconselhamento e consulta com o Comitê e outros especialistas, a EPA e a DOE desenvolveriam e implementariam as normas.

Enquanto a coleta de materiais recicláveis permanece focada localmente, os mercados e a cadeia de valor desses materiais normalmente se expandem muito além da comunidade. É hora de reconhecer isto e construir normas nacionais de reciclagem de plásticos.”

Fonte: American Chemistry Council | Craig Cookson

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