A engenheira de materiais da Universidade da Colúmbia Britânica (UBC), Dra. Yasmine Abdin, e seus colegas, o Dr. Frank Ko, da Faculdade de Ciências Aplicadas, e o Dr. Scott Renneckar, da Faculdade de Silvicultura, desenvolveram uma maneira de converter betume em fibra de carbono de nível comercial. O Canadá é famoso por suas areias petrolíferas, ou areias betuminosas, como às vezes são chamadas de forma incorreta, que consistem em uma mistura de areia, água, argila e betume, de acordo com a Associação Canadense de Produtores de Petróleo.
Sua solução, descrita recentemente na revista Advances in Natural Sciences: Nanoscience and Nanotechnology, utiliza a fiação por fusão para produzir fibras de dois tamanhos de forma limpa e econômica. O custo projetado é de US$ 12 por kg, em comparação com as fibras de carbono comerciais que normalmente custam US$ 33 por kg.
A solução venceu as duas primeiras fases do Carbon Fibre Grand Challenge, uma competição lançada pela Alberta Innovates para recuperar produtos valiosos das areias petrolíferas. A equipe planeja se candidatar à terceira fase do desafio.
A equipe espera iniciar a produção comercial em 2024 e vê amplas aplicações para suas fibras de carbono em veículos elétricos (EVs), melhorando seu desempenho e, em última análise, ajudando a aumentar as taxas de adoção de EVs.
“As carrocerias de fibra de carbono podem compensar o peso da bateria típica de um veículo elétrico. O uso de fibras de carbono no chassi ajuda a bateria a permanecer fria, melhorando a segurança e aumentando a autonomia de condução”, disse Abdin.
Com cerca de um milhão de carros e outros veículos leves sendo fabricados no Canadá anualmente, ela acrescentou, o uso de fibra de carbono local pode dar às montadoras uma vantagem competitiva e, ao mesmo tempo, apoiar as metas de redução de emissões do Canadá.
Fonte: Plastics Today | Canadian Researchers Turn Black Bitumen into ‘Green’ Carbon Fiber