Do momento da batida do avião até seu esvaziamento, passaram-se apenas 18 minutos, salvando a vida de 379 pessoas e rendendo comoção mundial. Além de estratégias exemplares para controlar a situação, especialistas apontam composição da aeronave reforçada com fibra de carbono com boa resistência ao incêndio, garantindo maior tempo para que a tripulação fosse salva.
De relance
- Foi o primeiro acidente grave envolvendo um Airbus 350, que foi lançado em 2015;
- A aeronave de passageiros colidiu com o avião de patrulha marítima Bombardier Dash-8, que entregava suprimentos às vítimas do terremoto em Niigata;
- A construção do Airbus 350 consiste em até 54% de materiais compostos.
O uso intensivo de compostos reforçados com fibra de carbono pode ter contribuído para a evacuação segura de todos os 379 passageiros e tripulantes de um jato de passageiros Airbus A350-900 que colidiu com um avião de patrulha marítima Bombardier Dash-9 da Guarda Costeira do Japão. O avião da guarda costeira teria entrado na pista enquanto o Airbus tentava aterrissar no Aeroporto Haneda, em Tóquio. O avião estava chegando do Aeroporto de New Chitose, na ilha de Hokkaido, no norte do Japão, durante a movimentada temporada de férias de Ano Novo.
Cinco membros da tripulação da guarda costeira morreram
Tragicamente, cinco dos seis tripulantes da aeronave da guarda costeira morreram nas chamas causadas pela colisão, mas outras mortes foram evitadas apesar de apenas um dos slides de emergência funcionar no A350. Especialistas citados pela BBC indicaram que a perda de mais vidas pode ter sido evitada porque a fuselagem composta manteve a integridade estrutural por tempo suficiente para que os passageiros e a tripulação pudessem escapar do avião cheio de fumaça a tempo.
A350 obtém 25% de vantagem na queima de combustível
Introduzido em 2015, o Airbus A350 é conhecido por sua economia de combustível, com uma vantagem de 25% na queima de combustível obtida por meio do uso extensivo de materiais avançados (70% do peso). A fuselagem apresenta uma construção de quatro painéis com seções compostas mais espessas na parte superior e inferior, onde a resistência é necessária. A caixa da asa e as asas também são feitas de materiais compostos.
De modo geral, até 54% da aeronave é composta, complementada por titânio e ligas metálicas avançadas. O peso operacional vazio (OWE) do A350 é 20 toneladas mais leve do que os atuais Boeing 777-300ERs que ele substitui.
Estruturas compostas são benéficas para o meio ambiente ao longo do tempo
A Airbus diz que vale a pena observar que a fabricação de materiais compostos consome muita energia e causa um impacto ambiental maior. Entretanto, já existem estudos acadêmicos estão avaliando meios de reduzir de 15% a 25% a emissão de carbono através da utilização de estruturas compostas, o que colaboraria ainda mais para a segurança e sustentabilidade global.